domingo, 8 de maio de 2011

Ensino à Distância

Definição


Segundo a definição clássica o Ensino à Distância é um modelo de educação no qual professor e aluno(s) não se encontram fisicamente no mesmo local, ou seja estão geograficamente em lugares diferentes sendo a transmissão dos conteúdos educativos efectuada através da utilização de meios técnicos de comunicação.

No Ensino à Distância (também conhecido como Teleducação) devem-se também realçar os componentes:



a participação de uma forma industrializada da educação.

a necessidade de um meio de comunicação de duas vias.

a múltipla localização de alunos e professores.





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Características

Como características fundamentais destacam-se:

Estudo independente ou em grupos - os alunos poderão participar individualmente ou em grupo ou ambas.
População estudantil relativamente dispersa, devido a diversos factores: de ordem profissional, de localização, etc.
Como os alunos são de meios muito diversos e diferentes geralmente opta-se por adoptar estruturas curriculares flexíveis, via módulos e créditos.
O aluno é obrigado a estudar por sua iniciativa, desenvolvendo habilidades de independência e de trabalho.
Largo numero de estudantes por curso, no sentido de rentabilizar o dinheiro investido.
Investimentos iniciais elevados mas que combinados com uma boa população estudantil serão minimizados (o custo decresce por aluno).
Não é necessário leccionar o curso em tempo real (Ex. Via WWW - o curso pode estar em paginas HTML).
Combinação de vários meios, desde material impresso passando pela vídeoconferencia até à Internet.
O professor perde mais tempo na preparação e concepção das aulas. Neste sistema de ensino o professor tem que ser mais cuidadoso na forma de apresentar o curso.



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Que motivações?


Embora haja dificuldades a ultrapassar, a maior parte dos professores considera que as oportunidades são claramente superiores as adversidades. Muitos focam mesmo, que a maior necessidade de preparação conduz a uma melhoria de performance nas aulas e uma maior empatia pelos alunos. Esses desafios transformam-se em oportunidades de:

Leccionar uma vasta audiência - o que torna o professor mais motivado, como também a diferença cultural e social dos alunos.
Ir ao encontro de estudantes não tinham ou teriam acesso a esses conhecimentos.
Envolvem-se speakers e professores que de outro modo não participariam.
Promover a Organização e o Planeamento.
Participação de estudantes de diferentes meios sociais, económicos, cultural e com vários níveis de experiência.



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Custos vs. Benefícios



Ao adoptarmos o Ensino à Distância temos que ter considerar várias coisas, e de entre elas ressalta o custo de um sistema destes. Inicialmente terá que haver um grande investimento em diversos componentes, como em:

Tecnologia - em hardware (computadores, vídeos, …) e em software (programas educativos, …).

Infra-estrutura - suporte de telecomunicações e de rede para emissão e recepção.

Manutenção - actualização e manutenção de equipamentos.

Produção e suporte - tecnologias e pessoal necessário para desenvolver e adaptar software educativo. Varias outras despesas como serviços administrativos, etc.

Pessoal - equipa necessária para uma boa condução do projecto.

Embora os custos, principalmente de inicio, sejam altos, a verdade é que no ensino tradicional as despesas são também enormes, talvez até maiores.
Os benefícios dos cursos administrados à distância incluem:

Acessibilidade - possibilidades a chegar a lugares remotos como por exemplo a zonas rurais.

Horários não fixos - não há horário demarcado, o aluno pode estudar nos seus tempos livres. Não há perdas de tempo.

Qualidade - cursos dados por professores conceituados e altamente qualificados.

Iniciativa - a Educação à Distância desenvolve a curiosidade, espirito critico, de inovação, tal como a capacidade de iniciativa dos seus alunos.

Evolução e Actualização - permite ao aluno melhorar o seu curriculum e a manter-se actualizado e informado.

Partilha de Recursos - uma escola pode usar os seus recursos para ensinar estudantes que estão noutras escolas e vice-versa.



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Meios usados para transmissão


A Educação à Distância põe à disposição do professor varias tecnologias, sendo as mais utilizadas:


Impressão - foi a primeira a ser utilizada (ensino por correspondência). É a base para os outros sistemas. Utilizada pelos nossos longínquos antepassados para transmitir a sua sabedoria e conhecimentos.

Cassetes de vídeo - o desenvolvimento desta tecnologia e o decréscimo do preço dos leitores de vídeo tornou este meio atractivo. Tal como os gráficos e a animação feita por computador.

Linhas telefónicas e satélites - estes meios permitem que o instrutor e alunos estejam separados por distâncias enormes e a trocar informação. As linha telefónicas podem ser usadas para a videoconferencia, vídeo comprimido pode se juntar à transmissão da voz. Os satélites podem transmitir audio e imagem de alta qualidade.

Computadores e Internet - os computadores permitem aos estudantes aceder e aplicar facilmente a informação, além disso, têm recursos favoráveis para a interacção e o feedback. Com a Internet a comunicação torna-se mais fácil e rápida, podendo haver discussões e perguntas em tempo real.



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Sistemas de Formação 97/98
Rui J. F. Monteiro

domingo, 1 de maio de 2011

Pesquisa estuda tecnologia que irá aumentar velocidade da internet

Os trabalhos do curso de Engenharia de Redes de Computação serão apresentados na conferência Computer on the Beach

Henrique Bolgue - Da Secretaria de Comunicação da UnB

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A crescente venda de celulares e computadores portáteis trouxe um novo desafio para a comunicação sem fio: teremos espaço para transmitir tanta informação no futuro? O espaço nas ondas eletromagnéticas que levam imagens, vídeos, tweets e emails é limitado e, nos Estados Unidos, já está perto do limite. Dois projetos desenvolvidos por alunos da Universidade de Brasília mostram, no entanto, que se as ondas eletromagnéticas ociosas também forem utilizadas, a velocidade da internet pode dobrar para casa usuário brasileiro.

Os estudantes pesquisaram redes cognitivas em computação, um novo paradigma para a transmissão de dados na internet. Redes cognitivas são aquelas que utilizam espaços de várias redes simultaneamente, distribuindo o tráfego de informações de maneira mais eficiente. As duas monografias de conclusão do curso de Engenharia de Redes de Computação foram selecionadas para a conferência Computer on the Beach, em Florianópolis. A UnB emplacou dois trabalhos de um total de seis monografias de graduação que serão apresentadas neste fim de semana.

Larissa Eglem de Oliveira e Priscilla Rodrigues estudaram um novo protocolo para redes sem fio cognitivas, com fórmulas matemáticas que calculam quando e quanto outras redes podem ser aproveitadas. Se for o modelo for implementado, ao acessar a internet o computador já procuraria as redes ociosas e faria a conexão automaticamente. Esse espaço ocioso se somaria àquele que o usuário já possui. “Esta é uma maneira de aproveitar melhor os espaços ociosos e aumentar a velocidade”, explica Priscilla.

O trabalho de Pedro de Mesquita e Amanda da Silva testa o protocolo criado por Larissa e Priscilla em uma rede simulada. Descobriram que a velocidade de tráfego chega a aumentar de 70% a 100%. Além disso, demonstraram que não é necessária muita procura para que isso aconteça. “O aparelho e o protocolo leva um tempo para procurar e estudar esses espaços ociosos e descobrimos que poucas vias são necessárias para aumentar a velocidade”, explica Pedro.

A utilização dessas redes, no entanto, esbarram em barreiras tecnológicas e legais. Segundo os estudantes, a rede coginitiva não significa um “roubo” destes espaços ociosos. “Não é uma rádio pirata”, explica Larissa. As vias que são usadas por cada computador no acesso à internet são restritas. Como grande parte desses espaços são concessões do governo – como para um canal de televisão – há uma intensa disputa na área de telecomunicações pelo uso do espectro. Ou seja, a lei impede que um usuário trafegue na faixa de outro.

SOBRECARGA - Segundo Larissa, atualmente há uma sobrecarga da largura de banda. “Chegará uma hora que não haverá mais espaço para internet sem fio”. Em uma entrevista recente à revista Bussiness Week, Julius Genachowski, presidente da Comissão Federal de Comunicação dos EUA (FCC), declarou que a crescente venda de aparelhos como o iPhone poderão tornar a internet incapaz de suprir as necessidades das operadoras no futuro.

De acordo com o professor Marcelo, a ideia de utilizar redes cognitivas surgiu há bastante tempo, mas só em 2005 se tornou uma corrida tecnológica. Empresas como Microsoft e Google já têm modelos para usos futuros. “Os EUA liberaram o uso do espectro UHF da televisão analógica, que não é mais usado por lá”, diz Marcelo. Ainda não há previsão para o uso no Brasil. “Ainda estamos tentando levar a internet rápida para todos, portanto há um longo caminho pela frente”, afirma Larissa.

Esta é a segunda edição do Computer on the Beach, que acontece até domingo, no Hotel Porto Ingleses, na Praia dos Ingleses. Reúne pesquisadores e profissionais para discutir as tendências do setor de computação e mistura atividades técnico-científicas com lazer.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.